Obras de João Francisco Lisboa, natural do Maranhão, Volume 2

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Typ. de B. de Mattos, 1865 - Maranhão (Brazil)

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Popular passages

Page 192 - ... alimento, as suas minas o mais fino ouro, os seus troncos o mais suave bálsamo e os seus mares o âmbar mais seleto : admirável país a todas as luzes rico...
Page 449 - Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos, até a outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas...
Page 446 - Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.
Page 443 - ... tinham de dentro muitos esteios, e de esteio a esteio uma rede atada pelos cabos em cada esteio, altas em que dormiam, e debaixo, para se aquentarem, faziam seus fogos; e tinha cada casa duas portas pequenas, uma em um cabo e outra no outro...
Page 450 - E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer graça especial, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro — o que d'Ela receberei em muita mercê.
Page 192 - ... são as mais benignas, e se mostram sempre alegres; os horizontes, ou nasça o sol, ou se sepulte, estão sempre claros; as aguas, ou se tomem nas fontes pelos campos, ou dentro das povoações nos aqueductos, são as mais puras; é emfim o Brazil terreal paraíso descoberto, onde têm nascimento e curso os maiores rios...
Page 214 - ... levam uma espada de páo marchetada com casca de ovos de passaros de cores diversas, e na empunhadura umas pennas grandes de passaros, e certas campainhas de pennas amarellas, a qual espada lançam, atada ao pescoço, por detraz ; e levam na mão esquerda seu arco e flexas, com dentes de tubarão ; e na direita um maracá, que é um cabaço cheio de pedrinhas, com seu cabo, com que vai tangendo e cantando...
Page 223 - Não vivem estes bárbaros em aldeias, nem casas, como o outro gentio, nem ha quem lh'as visse nem saiba, nem desse com ellas pelos matos, até hoje; andam sempre de uma para outra pelos campos e matos, dormem no chão sobre folhas; e...
Page 446 - Eles não lavram, nem criam, nem há aqui boi, nem vaca, nem cabra. nem ovelha, nem galinha, nem outra nenhuma alimaria, que costumada seja ao viver dos homens; nem comem senão desse inhame que aqui há muito, e dessa semente...
Page 241 - Vós, Portugueses, poucos quanto fortes, Que o fraco poder vosso não pesais; Vós, que, à custa de vossas várias mortes, A lei da vida Eterna dilatais: Assi[m] do Céu deitadas são as sortes Que vós, por muito poucos que sejais, Muito façais na santa Cristandade. Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!

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