Cançaste-me de noite com vigilias, Para experimentar meu soffrimento: E no seio de horrivel tempestade Não encontraste em mim iniquidade. (5) Ut non loquatur os meum Não se me dá do mundo, não m'importam opera hominum: propter verba labiorum tuorum ego custodivi vias duras. Os discursos errados Que os homens revoltosos vão tecendo; (6) Perfice gressus meos in se- Ah! não me desampares, Deos benigno! milis tuis, ut non moveantur vesligia mea. (7) Ego elamari, quoniam exaudisti me, Deus, inclina aurem luam mihi, et exaudi verba mea. (8) Mirifica misericordias tuas, qui salvos facis sperantes in te. PSALMO XVII. A musica é de David, de quem é igualmente In finem puero Domini David, a poesia, que compoz o servo do Senhor, depois que foi por Deos libertado das perseguições de Saul, e de todos os seus inimigos. HEX de amar-te, Senhor! De ti deriva A minha fortaleza, és meu alento, Meu asylo seguro; Se vou desfallecendo, me despertas, Se a vida me abandona, o frouxo alento Minha esperança animas, Apenas lanço a mão ás cordas da harpa Fico salvo, triumpho dos pezares, Já da morte os terrores me cercaram; TOMO VI, qui locutus est verba Cantici hujus in die, qua eripuit illum Dominus de manu omnium inimicorum ejus, et de manu Saul, et dixit: (1) Diligam te, Domine, forlitudo mea: Dominus firmamentum meum, et refugium meum, et liberator meus. (2) Deus meus, adjulor meus, et sperabo in eum. (3) Protector meus, et cornu salutis meæ, et susceptor meus. (4) Laudans invocabo Dominum, et ab inimicis meis salvus ero. (5) Circumdederunt me dolores mortis, et torrentes iniquitatis conturbaverunt me. (6) Dolores inferni circumdederunt me, præoccupaverunt me laquei mortis. 4 Ia sem tino incertos passos dando, Que tudo me encobriam; De insidias, de traições me rodeavam, E cahia nos laços que me armavam. (7) In tribulatione mea invoca- Nesta tribulação, por Deos clamava; vi Dominum, et ad Deum meum clamavi. (8) Et exaudivit de templo sanclo suo vocem meam, et clamor meus in conspectu ejus, introivit in aures ejus. Invoquei o Senhor, e do seu templo Poz em sua presença os meus gemidos, Então se commoveo tremula a terra; Os montes, que mugiram, se gretaram, Abriram-se os abysmos; E Deos, contra a maldade enfurecido, Desceo com justa colera incendido. Fogo devorador rompeo das serras, Na sua face irada, os Ceos s'inclinam, D'alem dos Cherubins Deos mesmo desce Em que tantos mil mundos apresenta, Pára aqui, e levanta portentoso De um fusco véo de sombras mysteriosas, |